TESTAMENTO de FRANCISCA MARIA VILLAS BÔAS
Arquivado no Museu Regional de São João del-Rei no livro 17 folhas 71V
Número de folhas originais :
Testamenteiro : MANOEL JOSÉ DA COSTA
Testamento Redigido : Na Fazenda Cataguazes, Prados em 30/05/1809
Abertura : Em 06/06/1809
Transcrito por : Flávio Marcos dos Passos a pedido de Luis
Antônio Villas Bôas.
Data da Transcrição : NOV/2002.
Objetivo: Dados Genealógicos.
Em nome da Santíssima Trindade, Padre, Filho e
Espírito
Santo, três pessoas distintas e um só Deus verdadeiro. Eu
FRANCISCA MARIA DE VILLAS BÔAS estando gravemente enfêrma
e em meu perfeito juízo e desejando por minha alma no caminho da
salvação faço meu testamento pela maneira seguinte
: Primeiramente encomendo a minha alma a Santíssima Trindade em
quem eu creio e em tudo quanto me manda crer a Santa Igreja
Católica Romana e nesta fé quero viver e morrer como
verdadeira critã e que minha alma seja salva pelos mereceimentos
de meu Redentor Jesus Cristo em que firmemente confio e rogo a Virgem
Maria Senhora nossa e ao Anjo da minha guarda e a
todos os santos sejam meus intercessores afim de que a minha quando
sair deste mundo vá gozar da eterna benaventurança para
que
foi criada. Ordeno que o meu corpo seja amortalhado no hábito de
São Francisco e o meu enterro seja a eleição
do meu testamenteiro. E assim mais todos os sufrágios que ele
querer mandar fazer por minha alma. Declaro que sou natural da
Freguesia de Prados, filha de BARTOLOMEU DE VILLAS BÔAS e
BERNARDA MARIA DA SILVA casada com MANOEL JOSÉ DA COSTA de quem
tenho três filhos solteiros os quais são os meus
herdeiros. Deixo de esmola a minha afilhada FRANCISCA, filha de
MARGARIDA crioula oito oitavas. Nomeio por meus testamenteiros o meu
marido MANOEL JOSÉ DA COSTA e em sua falta o senhor
Capitão MANOEL JOSÉ CORREA e na falta deste a BARTOLOMEU
DE VILLAS BÔAS e a cada um em solidão rogo pelo amor de
Deus queira aceitar e
fazer cumprir este meu testamento e deixo de prêmio ao meu
testamenteiro cinquenta mil réis. Desse modo dei por acabado
este eu testamento que pedi para ao Padre CUSTÓDIO JOSÉ
DE OLIVEIRA por
mim precisa e assinada por eu não saber lêr e escrever.
E rogo as justiças de sua Majestade lhe façam dar seu
direito e inteiro cumprimento na melhor forma e ordem de direito que
valer
possa por esta minha última vontade digo, última e
derradeira vontade. Cataguazes, trinta de Maio de mil oitocentos e
nove. Como testemunha que fiz a rogo da sobredita, o Padre
CUSTÓDIO
JOSÉ DE OLIVEIRA.