TESTAMENTO de JOÃO BATISTA VILLAS BÔAS


Arquivado no Museu Regional de São João del-Rei no livro 10 folhas 178V

Número de folhas originais : 

Testamenteiro : MANOEL JOSÉ MONTEIRO Eclesiástico

Testamento Redigido : Em Santo Antônio do Itaverava em 18/09/1792

Abertura : Em 22/09/1792 data do falecimento.

Transcrito por : Flávio Marcos dos Passos a pedido de Luis Antônio Villas Bôas.

Data da Transcrição :  NOV/2002.

Objetivo: Dados Genealógicos.

FL. 178V

Em nome da Santíssima Trindade Padre, Filho e Espírito Santo, três pessoas distintas e um só Deus verdadeiro. Saibam quantos este público instrumento de testamento último de minha vontade virem que sendo o ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Critos de mil setecentos e noventa e dois aos dezoito dias do mês de setembro do dito ano em este Arraial  de Santo Antônio de Itaverava, comarca de São João del-Rei aonde eu JOÃO BATISTA VILLAS BÔAS estando doente e de cama de doença que Deus Nosso Senhor me deu e por me temer da morte faço o meu testamento na forma seguinte : Primeiramente encomendo a minha alma a Santíssima Trindade que a criou e a meu Senhor Jesus Cristo peço pelas (ilegível) chagas que já quem tanto me fez (ilegível) seu precioso sangue me faça também merecer a vida que possa dar-me a presença dele que é a glória ao Padre e temo, peço pela morte e paixão de meu unigênito filho queira receber a minha alma assim com (ilegível) tendo para morrer na cruz peço e rogo a Bemaventurada e sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e Senhora Nossa e a todos os anjos da corte do céu e o anjo da minha guarda e o snato do meu nome e a todos aqueles que tenho particular devoção queiram por mim interceder e rogar a meu Senhor Jesus Cristo agora e quando minha alma deste corpo sair. Rogo ao Alferes MANOEL JOSÉ MONTEIRO e o Reverendo ANTÔNIO JOSÉ VILLAS BÔAS e ABREU e a LUIZ MARINHO DE AZEVEDO e a DOMINGOS RIBEIRO DE ARAÚJO que por serviço de Deus e por me fazerem mercê queiram ser meus testamenteiros, benfeitores, curadores e administradores e procuradores de meus bens para eles tomarem conta, venderem se necessário for para pagamento e aí façam de minhas dívidas. Ordeno que meu corpo seja sepultado na Igreja Matriz de Santo Antônio de Itavereva em um  (ilegível) durante levado e acompanhado a sepultura da irmandade do Glorioso Patriarca São José de quem sou irmão por ter servido de juiz na mesma irmandade e também peço a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos me acompanhem pelo amor de Deus em razão de eu ter servido de oficial na mesma Irmandade e me acompanhará o meu Reverendo Pároco e demais sacerdotes que se acharem até o número de cinco celebrando todos missa de corpo presente que meu testamenteiro pagará de esmola a cada um a de vintena de ouro. Declaro que sou natural de Santa Maria da Vila (Ana ?) ao pé de Pombeiros aonde fui batizado, filho de ANTÔNIO JOSÉ VILLAS BÔAS E ABREU e MARIA PEREIRA DA SILVA (FL. 179), já falecidos e termo de Guimarães, Arcebispado de Braga. Declaro que nunca fui casado e que no meu (ilegível) idade tive uma filha por nome de GENOVEVA filha de DOMINGAS DE SÁ a qual depois de pagas as minhas dívidas e funeral tanto que ficar instituo a esta minha filha GENOVEVA minha universal herdeira de todos os meus bens. Declaro que deixo de prêmio ao meu testamenteiro que aceitar este meu testamento cinquenta mil réis pagos nos melhores bens que se acharem a sua eleição. Declaro que para sair façam do meu funeral e mais despesas deixo uns créditos cujos devedores são os seguintes : um crédito que deve FRANCISCO DE SOUZA TEIXEIRA, um crédito que deve o Reverendo JOAQUIM FRANISCO FERREIRA DE BARROS, outro crédito que deve o Capelão ANTÔNIO MACHADO DE SÁ, outro que deve FRANCISCO DA COSTA BARROS, outro que deve JOSEFA DA COSTA, outro que deve JOÃO FELIZ GONÇALVES e ROSA MARIA GONÇALVES, outro dito CAETANO CARVALHO, outro de GREGÓRIO JOSÉ MARTINS, outro de JOÃO ANTUNES DE CARVALHO que meu testementeiro liquidará algumas contas nestes termos, digo nestes mesmos créditos e daqueles que ficar se pagará meu funeral e mais despesas como também dos mesmos créditos pagará o que ficar devendo (ilegível) esta quantias nem chegam por estas atestações acima declaradas meu testamenteiro verá no rol da minha loja as milhares dívidas que achar os poderá tirar para pagamento dos créditos. declaro que tive contas com meu irmão o Reverendo ANTÔNIO JOSÉ VILLAS BÔAS E ABREU morador na cidade do Rio de Janeiro e lhe fiquei devendo quantia avultada que por não saber o quanto de todos os mais bens que possuo lhe entregarão melhor consta de um papel que lhe possui. Declaro que na paragem deste Arraial chamado de Cruzeiro sou senhor e possuidor de umas casas abertas cobertas de telhas as quais tenho vendidas a MARIA DANTAS, já falecida e antes do seu falecimento mas tornou a entregar por (ilegível) composição que fizemos as quais casas meu testamenteiro poderá dispor e o seu produto para as disposições do meu funeral e o que eu dever a Irmandade de São José. Declaro que possuo mais uma flauta de prata a qual meu testamenteiro a disporá e o seu produto adjudicará com o funeral e mais disposições que lhe deixo por ser esta a minha última vontade do modo que tenho de tanto de pedir e rogar em primeiro lugar ao Alferes MANOEL JOSÉ MONTEIRO, em segundo lugar o Reverendo ANTÔNIO JOSÉ VILLAS BÔAS E ABREU, em terceiro lugar DOMINGOS RIBEIRO DE ARAÚJO queiram ser meus testamenteiros como no princípio lhes peço aos quais concedo o tempo de seis anos para dar contas desta minha testamentária se lhe (ilegível) as ditas contas quanta se não completar o dito tempo depois do meu falecimento e peço a justiça de sua Majestade que Deus guarde façam em tudo cumprir (FL. 179V) e guardar como nele se contém e declaro este meu testamento pelo qual revogo outro qualquer testamento ou condecilios que antes deste haja feito e só este presente que valha e tenha força por estar em tudo conforme a minha última e deradeira vontade a qual foi escrita a meu rogo pelo Tenente MANOEL COELHO ALBUQUERQUE ditando eu por minha boca e palavra conforme ao que tinha ditado o assinei com meu nome e sinal costumado. dezoito de setembro de mil setecentos e noventa e dois. JOÃO BATISTA VILLAS BÔAS a rogo do sobredito escrevi e como testemunha assinei : MANOEL COELHO ALBUQUERQUE.