INVENTÁRIO e TESTAMENTO
de LOURENÇO CORREA SARDINHA
Arquivado no Museu Regional de São João del-Rei na caixa 471
Número de folhas originais : 171
Inventariante : MARIA DA ASSUNÇÃO MORAES
Data de Abertura : 19-07-1747
Local: Sítio do Jacaré, Paragem do Rio Grande
Transcrito por : Flávio Marcos dos Passos a pedido de Regina Moraes Junqueira.
Data da Transcrição : OUT/2003.
Objetivo: Dados Genealógicos.
FL. 01V
...declarou que o defunto seu marido falecera com testamento aprovado aos vinte e dois dias do mês de junho do presente ano.
FL 02 - FILHOS:
FL.03V – ESCRAVOS: 20
FL 03V: BENS DE RAIZ
FL. 05v DIVIDAS ATIVAS:
FL 06V DIVIDAS PASSIVAS
FL 08: MANOEL MARINHO DE MOURA assina o termo de tutela dos
órfãos
FL 23: MONTE MOR – 3:819$283
FL.09 - TESTAMENTO
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Em nome da Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, três pessoas e um só Deus verdadeiro. Saibam todos quantos este público instrumento virem como no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo aos vinte e dois de Junho de mil setecentos e quarenta e sete anos, eu, LOURENÇO CORREA SARDINHA estando doente de cama e não sabendo o que Deus Nosso Senhor ainda quer fazer, faço este testamento na forma seguinte : Primeiramente encomendo minha alma a Santíssima Trindade que a criou e ao pai Eterno peço pelas chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo que já que me criou que me salve a minha alma pela morte e paixão desse Seu Unigênito Filho e peço e rogo a sempre Virgem Maria seja minha advogada. Rogo e peço a minha mulher MARIA DA ASSUNÇÃO MORAES queira ser minha testamenteira. Meu corpo será sepultado na Matriz desta vila, amortalhado no hábito de São Francisco e o meu funeral peço a dita minha mulher que me faça na forma que eu a ela faria e me mandará enterrar a seu arbítrio e me mandará dizer as missas de corpo presente que ela determinar. Declaro que sou natural da Freguesia de Feijão da Ovilha, filho legítimo de PEDRO CORREA e (fl 09v) de IZABEL SARDINHA. Declaro que sou casado com MARIA DA ASSUNÇÃO MORAES e dela tenho quatro filhos que são: ROMÃO, ANA, MARGARIDA, ESCOLÁSTICA e a dita minha mulher fica pejada. Declaro que a dita minha mulher sabe o que eu devo e tudo por clareza e os bens todos ficam em seu poder. Declaro que toda a terça da minha fazenda que me tocar a deixo ao arbítrio de minha mulher para que ela me mande dizer missas pela minha alma e das de mês pago aquelas que ela determinar. Declaro que instituo a meus filhos por meus herdeiros universais. Declaro que deixo uma negra a minha cunhada ANGELA DE MORAES. Para cumprir meus legados o de contas pias e dar cumprimento a meus legados torno a pedir a minha mulher seja minha testamenteira para lhe dar todos os poderes que por direito me são concedidos e lhe dou todo o poder em solidão. E porque esta é minha última vontade do modo que tenho dito pedi ao Senhor Tabelião que esta por mim assinasse por não saber e roguei ao Padre FRANCICO DE ALMEIDA que este fizesse a assinasse.
Vila de São João del Rei, vinte e um de Junho de mil setecentos e quarenta e sete.
FRANCISCO DE ALMEIDA FARIA
A rogo do testador
BRAZ ALVES ANTUNES